XXI. A Diversidade Religiosa e Evolução

O facto de que as religiões evoluem contribui em certa medida para a diversidade interna de uma tradição ortodoxa. Tal evolução é diretamente evidente nas escrituras judaico-cristãs, e sem o reconhecimento desse processo há uma dificuldade em conciliar a divindade tribal vingativa, registrada no Antigo Testamento dos antigos Israelitas com a maior espiritualidade concebida e o ser universal dos escritos do profetas posteriores e o Novo Testamento. Tentativas de fazer estes pontos de vista divergentes de divindades serem compatíveis, tem dado origem a disputas entre as igrejas e movimentos, e entre teólogos. As suposições básicas de teólogos Cristãos têm vindo a mudar ao longo dos séculos, mas não há nada como um consenso entre eles, enquanto entre os Cristãos laicos há atitudes muito mais amplamente diversas que podem ser encontradas a respeito de todos os fundamentos da fé. Algumas dessas atitudes são características de posições mais gerais de séculos passados, e a sua persistência entre alguns laicos torna evidente a necessidade de uma apreciação do fenómeno da evolução religiosa, se se quiser compreender a diversidade no período da tradição ortodoxa. Assim, para fornecer exemplos, Cristãos mais liberais, autodenominados como «esclarecidos», hoje em dia, já não acreditam no inferno ou no Diabo, mas há muitos Cristãos que acreditam, e não são só aqueles denominados como «fundamentalistas». Ou mais uma vez, nos séculos XVIII e XIX, a maioria dos Cristãos professava a fé na ressurreição literal do corpo, mas hoje em dia apenas uma minoria de crentes ortodoxos parece estar de acordo a este objeto de fé. No entanto, Cristãos contestaram durante séculos o tempo profetizado do início do milénio, se isso precedia ou vinha depois do segundo advento de Cristo, enquanto muitos parecem ter abandonado esta perspectiva.

XXII. Opiniões Teológicas e Crenças Religiosas
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